Como evitar complicações no uso da dieta por sonda

Como evitar complicações no uso da dieta por sonda

19 de outubro de 2021 0 Por Redação

Algumas pessoas precisam receber a dieta por sonda quando não conseguem receber uma alimentação convencional. Ou seja, não realizam o processo de introdução do alimento pela boca e, posteriormente, a mastigação e digestão do que foi ingerido na sua forma natural.

Isso pode ocorrer por alguns problemas neurológicos, atrelados desde o nascimento da criança ou adquirido ao longo da vida. Também pode ocorrer no desenvolvimento de alguma doença. 

Nos idosos, pelo próprio envelhecimento, é comum adquirir um quadro neurológico, que, muitas vezes, afeta a alimentação. Por isso deixam de se alimentar pela boca, passam a rejeitar a dieta e começam um quadro de desnutrição. Ou, por sua vez, a pouca quantidade de alimento que é ingerido via oral é broncoaspirada, ou seja, para no pulmão por disfagia adquirida com a idade.

Nestes casos, os pacientes precisam receber a dieta por sonda. No processo, um cateter leva até o estômago ou intestino do paciente os nutrientes, vitaminas e minerais necessários para o restabelecimento e manutenção da sua saúde.

A dieta por sonda passa ser a alimentação essencial deste paciente, mas como ele não irá realizar alguns processos de mastigação e deglutição, o alimento precisa estar em moléculas menores para uma melhor absorção dos nutrientes. 

Qual o tipo de alimentação mais adequado na dieta por sonda?

O recomendado é a nutrição enteral industrializada, que é um alimento completo dentro de um litro de dieta e possui quase a totalidade da recomendação de nutrientes incluindo os carboidratos, proteínas, lipídeos, vitaminas e mineiras que, muitas vezes, o paciente não consegue obter através de uma alimentação enteral caseira.

Importante ressaltar que o aporte calórico e proteico varia de acordo com cada indivíduo, uma vez que são considerados patologias, gênero, idade, peso e estatura.

O alimento enteral administrado via sonda precisa estar na forma líquida, pois ele será administrado no cateter, que seria algo similar à uma mangueira fina, conectada ao paciente pelo nariz ou introduzido cirurgicamente pelo abdômen. 

A dieta por sonda exige acompanhamento e cuidados para que o paciente seja alimentado corretamente e para que não haja intercorrências que comprometam a saúde.

O paciente pode receber a dieta enteral em qualquer ambiente, seja dentro de um hospital, em residências ou instituições de longa permanência. O importante é ter acompanhamento de um nutricionista que irá definir o volume total em ml de alimento a ser administrado e o total de água diário a ser ofertado via sonda para manter a hidratação, sem excessos para garantir a boa digestibilidade da dieta. 

Para hospitais, a administração ocorre muitas vezes  em bomba de infusão para um melhor controle da dieta de maneira automatizada. Já em domicílio ou casa de longa permanência a dieta é administrada de forma gravitacional por gotejamento, ou seja, de forma fracionada com a utilização de frascos e equipos. 

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Dicas de cuidados na dieta por sonda

A preocupação com a dieta por sonda começa antes da administração. O ambiente onde será preparada a alimentação precisa estar devidamente limpo e esterilizado com álcool 70%. As mãos também precisam ser higienizadas para garantir que não haja contaminação em nenhuma parte do processo. 

Abaixo, disponibilizamos um vídeo de como deve ser o processo de limpeza antes e depois da administração da dieta por sonda.

Mesmo com todos estes cuidados, intercorrências podem atrapalhar a administração da dieta. Conheça algumas delas e como evitá-las:

Entupimento da sonda

Este problema pode ocorrer, porque a sonda não está sendo bem higienizada após a administração da dieta e medicamentos.

A dieta enteral, como dissemos, é um alimento completo. Em sua composição temos as gorduras necessárias para o funcionamento do organismo. Esta gordura pode começar a se depositar na sonda do paciente se não houver uma boa higienização após a administração de dieta, além de ocorrer a proliferação bactérias, comprometendo seriamente a saúde do paciente.

Os medicamentos também merecem uma atenção especial e precisam ser bem triturados e diluídos em água para que não se depositem na parede da sonda.

Deste modo, para evitar que estes fatos ocorram, é importante garantir adequadamente a lavagem interna da sonda, ou seja, esguichar uma seringa de água filtrada no tubo para efetuar uma limpeza completa. E para melhor fluidez da dieta e medicamento, pode-se aplicar uma seringa de água antes da administração deles. 

As sondas nasoenterais normalmente conseguem ser lavadas de ponta a ponta com 20 ml de água; já as gastrostomias, que possuem calibre maior, precisam ser lavadas com aproximadamente 40 ml de água filtrada.

Evite passar outros tipos de alimentos pela sonda, como os sucos ricos em fibras. Estes resíduos também podem ficar depositar na parede da sonda, causando o entupimento.

Complicações pulmonares

O paciente ou o cuidador pode puxar a sonda nasoenteral acidentalmente e desposicioná-la. Neste caso não tente empurrar e colocá-la no lugar, pois você poderá posicionar nas vias respiratórias e no pulmão, levando o paciente a correr sérios risco de vida ou broncoaspiração. Direcione para um ambiente hospitalar onde profissionais poderão colocar adequadamente.

Para acompanhar se houve deslocamento da sonda nasoenteral, a equipe de enfermagem sempre orienta fazer uma marcação da sonda localizada perto da narina. 

É importante que haja um monitoramento periódico da sonda, principalmente antes da administração da alimentação, para saber se ela está no lugar correto. 

Mantenha sempre a cabeceira elevada posição inclinada 45 graus ou o paciente sentado para administração da dieta por sonda. Esta posição de administração é mais adequada para que a sonda não fique dobrada dentro do organismo e para que não haja refluxo e risco da dieta voltar até a boca gerando engasgos e broncoaspiração.

Desconfortos gastrointestinais

A velocidade da administração da alimentação precisa ser respeitada, não podendo ser muita rápida e nem muito lenta, para que não haja complicações, como diarreia, constipação, distensão abdominal e refluxos. A intolerância ou falta a algum componente da fórmula também pode provocar reações.

O volume de dieta e o seu fracionamento precisam ser realizados adequadamente, pois é adaptado para cada paciente. Também não podemos esquecer das pausas, ou seja, os intervalos entre uma dieta e outra. Lembrando que a água de hidratação deve ser administrada 30 minutos após o término da dieta para não distender o abdômen do paciente e garantir uma melhor absorção dos nutrientes.

Por isso, é muito importante que o tipo de dieta por sonda a ser administrada seja indicado por uma nutricionista.

Na Nutriport, também é possível contar com o acompanhamento de uma nutricionista quando o paciente está recebendo dieta por sonda em casa. 

Ao adquirir algum produto para dieta enteral na loja virtual da Nutriport, a família passa a integrar o programa Nutriport com Você. Desta forma, uma profissional vai até a residência do paciente pessoalmente ou de maneira virtual para acompanhar o estado de saúde e esclarecer as dúvidas dos cuidadores a respeito da alimentação.

Confira no vídeo mais informações sobre o programa:

Sobre a Nutriport

Há mais de duas décadas, a Nutriport distribui grande variedade de produtos para os segmentos Hospitalar e Farma, firmando também importantes parcerias na prestação de serviços. São opção para nutrição enteral, cateterismo, cicatrização de feridas, varizes, entre outras.

Localizada em São Paulo, a Nutriport conta com duas filiais: uma no Rio Grande do Sul e outra em Santa Catarina. 

Os consumidores podem adquirir produtos para diferentes patologias através da loja virtual, pelo telefone 0800-770-8311 ou pelo Whats App (11) 97337-4407.  Entregamos para todo o Brasil.